quinta-feira, 23 de maio de 2013

Até já meu Pai.

Nas minhas mãos revejo as tuas, a tua passada no meu andar, os meus gestos são os teus, o teu jeito malandro é meu também.
A minha coluna vertebral cresceu apoiada nos teus valores e por isso manter-se-á direita como a fizeste; o sussurro dos teus conselhos segue perene nos meus ouvidos.
Viverás sempre em mim.
O azul dos teus olhos vê-lo-ei sempre que olhar para o céu.

Não há nada que te possa dizer, que não te tenha dito antes.
Nada ficou por dizer, nada ficou por fazer.
Aproveitámo-nos bem.
É por isso paizinho,  que para nós nunca haverá adeus, apenas um "até quando for", como tu me dizias sempre.
Até já meu Pai.