terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ao Mundo que eu consiga alcançar

(clicar para ver o filme)

Eu gostava de ter palavras bonitas para dizer o que sinto sobre a dor da Filomena mas não tenho (não há palavras para uma dor tão grande), e se as tivesse não as conseguiria escrever porque as lágrimas me toldariam os olhos…
Foi há 16 anos, o meu filho tinha 3, e eu não conseguia ver as noticias; o meu coração, já, de mãe não deixava.
Há 16 anos que não deixo o meu filho sair do pé de mim sem termos feito as pazes (se nos tivermos aborrecido antes); há 16 anos que só sossego quando volto a pôr-lhe os olhos em cima; há 16 anos que só durmo quando já o sei na sua cama, a salvo…

Há 16 anos que a Filomena não sabe do seu filho; há 16 anos que a Filomena não desiste; há 16 anos que o meu coração de mãe como ela, aguarda pelas boas noticias, pelo regresso do Rui Pedro, pelo sossego e alegria da Filomena;
Hoje o Rui Pedro faz 27 anos.

P.S.  - este post foi escrito não só por ser o que sinto, mas também por saber que os blogues chegam muito longe e nunca se sabe… alguém o pode ter visto, ou ter pistas.


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