Seis longos e dolorosos dias depois do seu desaparecimento, a nossa Mel foi encontrada!
E como foi que aconteceu? E onde estava ela? E como foi lá parar?
Caaaaalma! Eu conto! Mas preparem-se que isto leva o seu tempo!
Dois comentários novos apareceram no facecoiso do Sexo e a Idade; duas senhoras diziam ter quase 100% de certeza em como tinham avistado a nossa Mel no jardim de S. Bento.
Nas mensagens privadas deixaram o número de telefone e reiteravam a certeza.
Falámos ao telefone e deram-nos pormenores:
- É da mesma cor, tem o rabinho igual, é muito doce, a coleira é tal e qual a da foto... - e de repente, o que me fez disparar o coração e reacender a esperança que desta vez fosse ela - está muito agitada, NÃO LADRA, mas anda com a cabecinha de um lado para o outro como quem anda à procura de alguma coisa...
Está com um senhor que diz que a apanhou na estrada; venha, venha!
Os Pedros estavam mais perto (os Pedros, a Margarida, a Sara, e o pai de ambas, foram meus olhos, meus braços, minhas pernas, quando e onde eu não pude estar) e pela centésima vez (no minimo) telefonei-lhes contando da pista; pela centésima vez também, responderam sem hesitação "Vamos já para lá!"
Minutos depois (a sério que não foram horas?) o meu telemóvel tocou; a voz do Pedro chegou até mim molhada, isso mesmo, molhada de lágrimas e dizia "É a Mel, é a Mel!" e eu lembro-me vagamente do resto...
Então, o que aconteceu?
O que aconteceu foi que a Sôdona Mel à porta de casa abocanhou um naco de carne e sabendo que não queremos que ela coma na rua, desatou a correr para se esconder a comer; o Mais Que Tudo, correu atrás dela, e quanto mais ele corria, mais ela corria também, provavelmente pensando "Olha que giro, estamos a brincar às corridas!"
Pois que no meio de tão louca corrida se enfiou por uma zona de mato alto, onde não se vê um elefante cor-de-rosa quanto mais uma bicha cadela cor de erva seca!
A partir daí já vocês sabem o desespero que foi...
Nas primeiras horas batemos toda a zona de mato chamando por ela; esta zona de mato corre paralela à auto-estrada e o motorista de um auto-reboque avisou-me (daquele sitio ele só me via a mim) que num viaduto lá para trás, junto ao Túnel do Grilo, estava um cachorro assustado a caminhar. Teria ela já chegado tão longe?
Saltei do mato para a auto-estrada e comecei a correr por ela fora, chamando, chamando...
Pouco depois noutra zona de mato oiço a voz do Flhinho Mais Lindo Riqueza de Sua Mãe chamando por ela também; contei-lhe do auto-reboque e já não o consegui demover; corria à minha frente na auto-estrada, saltava os rails para o outro lado da estrada, subia os viadutos...
Telefonei ao Mais Que Tudo que estava a bater outra zona de mato, e contei-lhe do auto-reboque e disse-lhe para se meter no carro que chegava lá mais depressa do que nós...
Para a frente e para trás, para baixo e para cima...nada... aparece o motorista do auto-reboque que percebendo o nosso desespero tinha voltado atrás para a encontrar; diz-nos que já não a tinha encontrado...
Pára um carro das Estradas de Portugal, conto-lhe o que se passa e ele diz que nada pode fazer (!) quer saber onde deixei o meu carro e diz-me que não posso andar a pé na auto-estrada "Problema seu", respondi-lhe, e continuei.
Como vocês já sabem, durante os dias e as noites seguintes foi contactar associações, entidades, instituições, organismos, pedir ajuda nas redes sociais, colar cartazes por todos os sitios onde imaginávamos que ela pudesse estar ou ter passado, visitar os canis, rezar, rezar muito a todos os anjos e santos no céu e na terra (e olhem quantos correram em nosso auxilio), rezar para que houvesse mesmo um deus dos animais e a protegesse e a trouxesse de volta a nós...
E no sexto dia aconteceu este milagre; a Laurinda Angelo e Fernanda da Silva enviaram-nos a mensagem e ali estava ela; no jardim de S. Bento (é um animal politico) a nossa Mel!
E como lá chegou é o que querem saber agora, certo?
Então foi assim.
O senhor X (um bom homem) é motorista e viu a Mel na segunda-feira encolhida ao lado da estrada; teve pena e temeu que o pior lhe pudesse acontecer; parou para a apanhar, mas ela não deixou...fugiu e escondeu-se; só no segundo dia (terceiro para a Mel) quando ali passou outra vez e voltou a vê-la, encolhida no mesmo sitio, a conseguiu apanhar (desta vez a pobrezinha nem se mexeu...) e levou-a para casa.
Já em casa, deu-lhe banho e muito mimo (ele e toda a familia) mas não conseguiu que ela comesse...ela recusou sempre até ele lhe ter oferecido ESPARGUETE COM SALSICHAS (!!!), que passou a ser o seu menu a todas as refeições (ora vejam se a minha menina não é esperta que nem um alho)!
Como ela não faz nada em casa, ele levou-a sempre à rua a passear, e foi assim que foi vista pelas Laurinda e Fernanda!
Durantes estes dias a Mel chamou-se Nina (estou a considerar seriamente passar a chamar-lhe MELANINA), comeu esparguete com salsichas e roubou o coração a esta familia.
Eles ficaram muito tristes por ter de a deixar vir (a sério que ficaram...) mas não hesitaram quando perceberam toda a aflição por que passámos, o que fizemos para a encontrar, e o amor que lhe temos.
A Mel está bem (só umas feridinhas ligeiras nas patinhas), muito feliz por estar em casa, dormiu toda a noite muito tranquila (só levantou a cabecinha de quando em vez para olhar em volta, como que assegurando-se de que estava mesmo em casa) e distribui lambidela à esquerda e à direita como se não houvesse amanhã (temo que a cauda de tanto se abanicar ainda se lhe desprenda do corpo)!
Vitória, vitória, acabou-se a história e agora vamos continuar a festa que isto mete cãopagne e tudo!
*Todos vocês participaram nesta história e este final feliz é também vosso, porque sem vocês eu não teria chegado tão longe, a tanta gente...
Obrigada a todos e a cada um de vós (tanto blog, tanto facebook, tantos telefonemas e pistas), mas um muito especial, MUITO OBRIGADA aos meus anjos na terra, SENHOR X, PEDROS (Pedro e Pedro), MARGARIDA, SARA, PAI DELAS (como é que se chama o vosso pai), NELSON, CARLA, e FÁTIMA (minha irmã do coração)!
E como foi que aconteceu? E onde estava ela? E como foi lá parar?
Caaaaalma! Eu conto! Mas preparem-se que isto leva o seu tempo!
Dois comentários novos apareceram no facecoiso do Sexo e a Idade; duas senhoras diziam ter quase 100% de certeza em como tinham avistado a nossa Mel no jardim de S. Bento.
Nas mensagens privadas deixaram o número de telefone e reiteravam a certeza.
Falámos ao telefone e deram-nos pormenores:
- É da mesma cor, tem o rabinho igual, é muito doce, a coleira é tal e qual a da foto... - e de repente, o que me fez disparar o coração e reacender a esperança que desta vez fosse ela - está muito agitada, NÃO LADRA, mas anda com a cabecinha de um lado para o outro como quem anda à procura de alguma coisa...
Está com um senhor que diz que a apanhou na estrada; venha, venha!
Os Pedros estavam mais perto (os Pedros, a Margarida, a Sara, e o pai de ambas, foram meus olhos, meus braços, minhas pernas, quando e onde eu não pude estar) e pela centésima vez (no minimo) telefonei-lhes contando da pista; pela centésima vez também, responderam sem hesitação "Vamos já para lá!"
Minutos depois (a sério que não foram horas?) o meu telemóvel tocou; a voz do Pedro chegou até mim molhada, isso mesmo, molhada de lágrimas e dizia "É a Mel, é a Mel!" e eu lembro-me vagamente do resto...
Então, o que aconteceu?
O que aconteceu foi que a Sôdona Mel à porta de casa abocanhou um naco de carne e sabendo que não queremos que ela coma na rua, desatou a correr para se esconder a comer; o Mais Que Tudo, correu atrás dela, e quanto mais ele corria, mais ela corria também, provavelmente pensando "Olha que giro, estamos a brincar às corridas!"
Pois que no meio de tão louca corrida se enfiou por uma zona de mato alto, onde não se vê um elefante cor-de-rosa quanto mais uma bicha cadela cor de erva seca!
A partir daí já vocês sabem o desespero que foi...
Nas primeiras horas batemos toda a zona de mato chamando por ela; esta zona de mato corre paralela à auto-estrada e o motorista de um auto-reboque avisou-me (daquele sitio ele só me via a mim) que num viaduto lá para trás, junto ao Túnel do Grilo, estava um cachorro assustado a caminhar. Teria ela já chegado tão longe?
Saltei do mato para a auto-estrada e comecei a correr por ela fora, chamando, chamando...
Pouco depois noutra zona de mato oiço a voz do Flhinho Mais Lindo Riqueza de Sua Mãe chamando por ela também; contei-lhe do auto-reboque e já não o consegui demover; corria à minha frente na auto-estrada, saltava os rails para o outro lado da estrada, subia os viadutos...
Telefonei ao Mais Que Tudo que estava a bater outra zona de mato, e contei-lhe do auto-reboque e disse-lhe para se meter no carro que chegava lá mais depressa do que nós...
Para a frente e para trás, para baixo e para cima...nada... aparece o motorista do auto-reboque que percebendo o nosso desespero tinha voltado atrás para a encontrar; diz-nos que já não a tinha encontrado...
Pára um carro das Estradas de Portugal, conto-lhe o que se passa e ele diz que nada pode fazer (!) quer saber onde deixei o meu carro e diz-me que não posso andar a pé na auto-estrada "Problema seu", respondi-lhe, e continuei.
Como vocês já sabem, durante os dias e as noites seguintes foi contactar associações, entidades, instituições, organismos, pedir ajuda nas redes sociais, colar cartazes por todos os sitios onde imaginávamos que ela pudesse estar ou ter passado, visitar os canis, rezar, rezar muito a todos os anjos e santos no céu e na terra (e olhem quantos correram em nosso auxilio), rezar para que houvesse mesmo um deus dos animais e a protegesse e a trouxesse de volta a nós...
E no sexto dia aconteceu este milagre; a Laurinda Angelo e Fernanda da Silva enviaram-nos a mensagem e ali estava ela; no jardim de S. Bento (é um animal politico) a nossa Mel!
E como lá chegou é o que querem saber agora, certo?
Então foi assim.
O senhor X (um bom homem) é motorista e viu a Mel na segunda-feira encolhida ao lado da estrada; teve pena e temeu que o pior lhe pudesse acontecer; parou para a apanhar, mas ela não deixou...fugiu e escondeu-se; só no segundo dia (terceiro para a Mel) quando ali passou outra vez e voltou a vê-la, encolhida no mesmo sitio, a conseguiu apanhar (desta vez a pobrezinha nem se mexeu...) e levou-a para casa.
Já em casa, deu-lhe banho e muito mimo (ele e toda a familia) mas não conseguiu que ela comesse...ela recusou sempre até ele lhe ter oferecido ESPARGUETE COM SALSICHAS (!!!), que passou a ser o seu menu a todas as refeições (ora vejam se a minha menina não é esperta que nem um alho)!
Como ela não faz nada em casa, ele levou-a sempre à rua a passear, e foi assim que foi vista pelas Laurinda e Fernanda!
Durantes estes dias a Mel chamou-se Nina (estou a considerar seriamente passar a chamar-lhe MELANINA), comeu esparguete com salsichas e roubou o coração a esta familia.
Eles ficaram muito tristes por ter de a deixar vir (a sério que ficaram...) mas não hesitaram quando perceberam toda a aflição por que passámos, o que fizemos para a encontrar, e o amor que lhe temos.
A Mel está bem (só umas feridinhas ligeiras nas patinhas), muito feliz por estar em casa, dormiu toda a noite muito tranquila (só levantou a cabecinha de quando em vez para olhar em volta, como que assegurando-se de que estava mesmo em casa) e distribui lambidela à esquerda e à direita como se não houvesse amanhã (temo que a cauda de tanto se abanicar ainda se lhe desprenda do corpo)!
Vitória, vitória, acabou-se a história e agora vamos continuar a festa que isto mete cãopagne e tudo!
*Todos vocês participaram nesta história e este final feliz é também vosso, porque sem vocês eu não teria chegado tão longe, a tanta gente...
Obrigada a todos e a cada um de vós (tanto blog, tanto facebook, tantos telefonemas e pistas), mas um muito especial, MUITO OBRIGADA aos meus anjos na terra, SENHOR X, PEDROS (Pedro e Pedro), MARGARIDA, SARA, PAI DELAS (como é que se chama o vosso pai), NELSON, CARLA, e FÁTIMA (minha irmã do coração)!